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Unidade Cuidativa deve abrir as portas até abril

Para agilizar as obras, a etapa envolve a busca por parceiros

Paulo Rossi -

Nos próximos meses, pelo menos 120 pacientes vinculados a programas de atenção domiciliar, coordenados pelo Hospital-Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel), poderão contar com mais um espaço para fortalecer a filosofia que tem norteado o trabalho há mais de uma década: investir em qualidade de vida e aliviar o sofrimento. Será a Unidade Cuidativa - até então batizada de Day Care -, a ser instalada na antiga Laneira, no bairro Fragata. A estimativa é de que o ambiente de 500 metros quadrados, dirigido ao processo de reabilitação e de lazer, abra as portas até o mês de abril.

A fase é de melhorias no prédio. O piso e um dos portões são novos. Os vidros quebrados aos poucos desaparecem. O próximo passo será a construção de banheiros. Uma cozinha e um consultório também precisam sair do papel. E, para agilizar as obras, a etapa envolve a busca por parceiros - veja como ajudar.
“Este será um espaço de ressocialização, de prevenir o isolamento social, tão comum em situações que envolvem doenças”, enfatiza a superintendente do HE, Julieta Fripp. A Unidade Cuidativa, portanto, será reduto à descontração. À realização de atividades lúdicas. E o olhar não estará voltado apenas aos pacientes. Os cuidadores também irão integrar o público-alvo.

Como vai funcionar?
Horário - O trabalho será desenvolvido de segunda a sexta-feira, em horário ainda não definido. A expectativa é de que o paciente precise agendar o atendimento.

Dinâmica - As atividades serão variadas e parte dos projetos que já apresentam resultados terapêuticos interessantes no HE será replicada na Unidade, como a Pet Terapia. Conversas com professores e coordenadores de projetos de extensão de cursos, como Terapia Ocupacional, Dança, Teatro, Música, Cinema, Veterinária, Educação Física e Enfermagem, ajudarão a definir como funcionará o trabalho. Pelo menos, três estações fixas também estão previstas: uma academia, a cinemateca e a de Terapia Ocupacional, em que os pacientes poderão se envolver em várias tarefas manuais.

Ambiente protegido - O suporte de profissionais da área da saúde e a existência de um consultório na Unidade darão segurança aos pacientes. Mesmo aqueles que fazem uso de sonda ou estão com acesso, por exemplo, não precisarão deixar de frequentar o espaço, mesmo se estiverem no local na hora marcada para medicações e curativos. “Será um momento de esquecerem da doença e interagirem”, enfatiza.

Para ajudar - Se você tem interesse em colaborar com a Unidade Cuidativa, seja com a doação de material para a melhoria do prédio ou com mão de obra, seja com voluntariado, em ligação direta com os pacientes, entre em contato pelo telefone (53) 3284-4989.

Novidades
Até o final deste mês, deve ser assinada a ordem de serviço para o começo das obras em um terceiro prédio da antiga Laneira, que irá se transformar em nova sede das oito equipes da atenção domiciliar em Pelotas - duas do Pidi Oncológico e seis do Programa Melhor em Casa -, em substituição ao imóvel, com espaço reduzido, na rua Voluntários da Pátria. O repasse de R$ 700 mil, via Ministério da Educação (MEC), já está garantido. A expectativa é de que a reforma dure seis meses. Com o novo espaço, os cerca de 60 profissionais estarão mais bem acomodados, principalmente, para encontros com familiares e cuidadores dos pacientes.

Obras permanecem no Centro de Cuidados Paliativos
Ainda não há data definida para inauguração do Centro Regional de Cuidados Paliativos, em construção na Laneira, no Fragata. Dia 4 deste mês foi aprovada a prorrogação das obras por mais 90 dias. A fase é de instalação de janelas e, na maioria dos ambientes, falta a colocação de pisos e pintura; além de divisórias. Atualmente, verba não deve mais ser problema. O último repasse de R$ 500 mil - em um total de R$ 3 milhões - deve ser suficiente para a conclusão do trabalho, que se arrasta há anos. A nova estimativa de que o Hospice pudesse ficar pronto até o final de 2016, não se confirmou.

Quando estiver com as portas abertas, entretanto, o Centro representará mais um serviço dirigido a pacientes com doenças graves, ameaçadoras à vida. E, o melhor, alicerçado sob a máxima Ainda que não se possa curar, sempre é possível cuidar, o Hospice servirá de ponte entre as internações domiciliares e as do HE, em uma grande Rede de Cuidados Paliativos - comemora a médica Julieta Fripp, que desde a criação do Programa de Internação Domiciliar Interdisciplinar (Pidi), em 2005, é coordenadora-geral da Atenção Domiciliar.

“Dessa forma, teremos uma Rede de Proteção, com uma mesma concepção, que respeita a autonomia do paciente, prioriza a participação da família e enxerga o paciente como ser integral, sob os aspectos físico, psicológico, emocional e espiritual.”

 

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